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Descubra as Diferenças Essenciais entre Espumante, Moscatel e Frisante para o Réveillon

Por Junior Calheiros

31 de dezembro de 2025 • 3 min de leitura

Com as festividades de Ano Novo se aproximando, a escolha da bebida borbulhante ideal é um dos preparativos. No entanto, nem todo líquido com bolhas é igual. As distinções entre espumante, moscatel e frisante vão muito além do sabor, envolvendo processos de fermentação, tipos de uva e a própria formação das bolhas.

Para esclarecer essas particularidades, o enólogo Ricardo Morari, representante da Associação Brasileira de Enologia (ABE), detalha como cada uma dessas bebidas é produzida e as características que as tornam únicas.

A Ciência por Trás das Bolhas: Como Cada Bebida é Elaborada

As bolhas que tanto apreciamos nas celebrações resultam de métodos de produção distintos para cada categoria de bebida:

Espumante

  • Esta bebida passa por um processo de dupla fermentação. A primeira etapa converte o açúcar em álcool, criando o que é conhecido como vinho base.
  • A segunda fermentação é a responsável por gerar as tão desejadas borbulhas, que se formam naturalmente dentro da garrafa ou tanque selado.

Moscatel

  • Diferentemente do espumante, o moscatel é elaborado a partir de uma única fermentação. Este processo ocorre em tanques que impedem a saída do gás carbônico.
  • A fermentação é propositalmente interrompida antes do seu término, quando a bebida atinge um teor alcoólico que varia entre 7% e 10%.
  • Essa interrupção resulta em um maior teor de açúcares residuais, conferindo ao moscatel sua doçura característica.

Frisante

  • As bolhas do frisante são, na maioria das vezes, resultado da injeção artificial de gás carbônico no vinho, similar ao que acontece em refrigerantes e água com gás.
  • Contudo, existem algumas versões de frisantes que possuem gás natural, gerado por um processo semelhante ao do espumante.
  • De modo geral, o frisante apresenta uma menor quantidade de gás em comparação com o espumante e o moscatel.

Doce, Seco ou Brut? O Teor de Açúcar e a Legislação

As variações de dulçor encontradas nas bebidas borbulhantes, como brut, seco ou doce, são reflexo dos diferentes níveis de açúcar presentes. O enólogo Ricardo Morari ressalta que essas classificações são, inclusive, regulamentadas por lei.

É importante notar, contudo, que há uma exceção. O moscatel é a única bebida para a qual não existe um limite legal estabelecido para o teor de açúcar. Apesar disso, as empresas do setor costumam seguir um padrão, produzindo-o com, no máximo, 80 gramas de açúcar por litro. Esta diversidade permite que os consumidores encontrem a opção que melhor se adequa às suas preferências durante as celebrações.

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Sobre Junior Calheiros

Jornalista e colaborador do Portal Farofa.

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